O crash de 1929, também conhecido como a quebra da Bolsa de Nova Iorque, é um episódio marcante da história financeira mundial. Em apenas um dia, o mercado de ações dos Estados Unidos perdeu cerca de 14 bilhões de dólares, equivalente a mais de 25% da riqueza do país na época. Esse evento teve um impacto tão significativo na economia que levou à Grande Depressão no início dos anos 1930, afetando não só a economia americana, mas também a global.

As causas do crash de 1929 são multifacetadas e não podem ser atribuídas a um único fator. No entanto, um dos principais motivos foi a especulação financeira em ações, alimentada pela facilidade de crédito e pela crença de que o mercado de ações só poderia subir. Muitos investidores compraram ações com a intenção de revendê-las rapidamente com um lucro, esperando que o valor dos papéis continuasse a subir. No entanto, essa bolha financeira acabou por se romper quando muitos investidores perceberam que o valor das ações estava inflacionado injustificadamente. Com isso, muitos optaram pela venda massiva de ações, gerando uma onda de venda que se espalhou pelo mercado, levando à queda acentuada dos preços.

Outra causa do crash de 1929 foi a desregulação do setor financeiro norte-americano. Até a década de 1920, havia uma série de regulamentações para impedir práticas especulativas e de manipulação do mercado, mas com o início do governo de Warren G. Harding em 1921, muitas dessas regulações foram afrouxadas. Em particular, a Lei Glass-Steagall de 1933, que tornou obrigatória a separação entre bancos comerciais e bancos de investimento, foi uma resposta ao crash de 1929 e à Grande Depressão.

Após o crash de 1929, a economia global sofreu uma grande recessão. Países que estavam intimamente ligados aos Estados Unidos, como os países da América Latina, sofreram uma crise enorme com a redução do comércio exterior. O mesmo ocorreu com outras nações que exportavam suas mercadorias para os Estados Unidos. O resultado foi a diminuição dos níveis de produção, aumento do desemprego e queda na qualidade de vida da população.

Em resumo, o crash de 1929 teve um impacto significativo na economia global. Suas causas estão ligadas à especulação financeira em ações e à desregulação do setor financeiro. Após o colapso da bolsa, a economia mundial passou por um período de recessão, impactando negativamente a vida das pessoas em muitos países. Embora tenham passados quase um século desde o crash, suas consequências ainda são sentidas.